olhos castanhos
olhos de sangue
olhos que sangram
em vez de chorar
a nódoa na pele
qual mancha de tinta
agora só pinta
não vai latejar
o gosto que tem
a carne ainda crua
vazia e tão nua
a me alimentar
as unhas tão sujas
nas pontas dos dedos
tal qual os cabelos
a se rastejar
a boca não grita
tem gosto de morte
e pra sua sorte
não vai mais falar
o corpo não mexe
e o sangue não desce
o tempo se esquece
esvanece no ar
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